Potenciais reações alérgicas não é suficiente para a proibição de perfumes de luxo, diz UE
A UE não tem a intenção de impor uma proibição do perfume Chanel nº5, disse um porta-voz da Comissão Europeia, depois de um estudo que recomendou o musgo de árvore usado no famoso perfume de luxo deve ser proibida por causa de potenciais reações alérgicas.
Centenas de fragrâncias teriam que ser reformulada se o órgão executivo da UE decidir se transformar em lei as recomendações emitidas em junho pelo Comitê Científico Consultivo da Segurança dos Consumidores.
A semana passada uma comissão científica recomendou limitar a concentração de 12 substâncias - incluindo citral, encontrado em óleos de limão e tangerina; cumarina, encontrados nos grãos tropicais tonka, e eugenol, encontrado no óleo de rosa - a 0,01% do produto acabado.
Os ingredientes são "a coluna vertebal de cerca de 90% dos perfumes finos", disse Pierre Sivac, presidente do International Fragrance Association (IFRA), cujos membros incluem America's International Flavours & Fragrances e Switzerland's Givaudan.
O comitê propôs uma proibição total da árvore musgo e musgo de carvalho, o que proporciona aroma amadeirado distintivo No.5 de Chanel e Dior, Miss Dior e muitos perfumes Guerlain.
O comitê estima que 1-3% das pessoas na Europa são alérgicos ou potencialmente alérgicos a ingredientes encontrados em perfumes. Este é um número que considera ser "suficiente" para justificar a preocupação.
Respondendo a imprensa, o porta-voz da comissão UE para a saúde e a política dos consumidores Frédéric Vincent insistiu nesta sexta-feira (02 de novembro) que era "falso dizer que a Comissão Europeia quer proibir Chanel Nº5."
"Ainda estamos longe de considerar as mudanças na legislação", disse ele.
Vincent acrescentou que a UE tinha começado as consultas com a indústria e grupos de consumidores em agosto sobre os resultados e seu impacto potencial.
"Os fabricantes de perfume e cosméticos sabem o que estamos fazendo ... O processo legislativo ainda não começou e não vai ser para amanhã", disse ele.
Cheiros do património cultural europeu
O impacto de uma potencial proibição da UE sobre as substâncias seriam sentidos por grandes grupos de luxo, como a LVMH, que detém Dior e Guerlain. No entanto, seria também afetados centenas de produtores de plantas de pequeno porte em todo o mundo.
"É essencial para preservar o património cultural da Europa olfativo", a LVMH disse em um comunicado enviado por email, acrescentando, no entanto que o bem-estar dos consumidores é uma "grande preocupação".
As empresas dizem que os perfumes de marcas líderes nunca teriam o mesmo cheiro. Os criadores perfumes também ficariam com uma gama muito menor de ingredientes no futuro.
"Seria o fim dos bons perfumes se não poderia usar esses ingredientes", Françoise Montenay, executivo presidente da Chanel, disse à Reuters.
Associações comerciais, como a IFRA e Europa Cosméticos, cujos membros são empresas de perfumes e cosméticos como LVMH, está visando apresentar uma proposta conjunta da indústria para a Comissão até ao final de 2012.
Olha só, apesar de achar que já há regulações suficientes - não interessa à industria de perfumes matar ninguém - mesmo com proibições e mais restrições do que já há a industria e os consumidores vão se adaptar a qualquer coisa - pode ser que desenvolvam em breve algo que substitua o musgo também.
ResponderExcluirSó pergunto uma coisa: algum desses zelosos órgãos já pensaram em proibir as substâncias danosas à saúde contida no cigarro que é vendido na europa? Na maconha vendida em Amsterdam? Nos caros vinhos franceses? No scotch? Nos hambúrgueres? Nas batatinhas fritas?
Luís Carlos
Luís, ótima observação. Nunca ouvi falar de alguém que tenha morrido por ter borrifado perfume em seu corpo, mas todos os dias morrem pessoas por causa da má alimentação, por causa de acidentes com motoristas embriagados ou por overdose, por exemplo. E eu achava que esse tipo de coisa só existia aqui no Brasil, me surpreendi com tamanha frescura européia...
ExcluirSérgio.
cara o q move o mundo é dinheiro. se vcs pensassem um pouco mais entenderiam como a coisa funciona. a intenção é afetar as grande marcas mesmo. o q o amigo ai em cima na opiniao dele citou é um fato... a porcentagem de pessoas q morrem por causa de cigarro e alcool é muito maior q 3%. porem eles permitem a venda dos mesmos justamente pq a arrecadação nos impostos para o governo é VIOLENTA. se eles estão querendo criar "picuinhas" para proibir certos elementos usados justamente pelas marcas mais renomadoas do mundo, Chanel e Dior, é pq tem gente grande por tras disso movendo as mãos em troca de futuros favores politicos e economicos.
ResponderExcluirnão é só no Brasil q isso acontece.
Acho que essa pressão visa exatamente isso o que o colega acima disse. Estão querendo pressionar as industrias de perfume a fim de obter favores,arrecadarem mais impostos e arrebanhar lobbystas.
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